Céu ou inferno?
Savannah e Brandon Hudson são irmãos, melhores amigos e a dupla brilhante no comando da corajosa dupla de pop alternativo de Los Angeles, Between Friends. Seu álbum de estreia, I Love My Girl, She's My Boy, lançado hoje, é mais do que apenas uma coleção de faixas; é uma crônica de amor, perda, autodescoberta e as complexidades dos relacionamentos.
Chamamos a dupla antes de seu lançamento para chegar ao âmago da questão de tudo o que aconteceu em seu primeiro disco longo. Desde a captura de momentos crus no estúdio até à evolução das suas perspetivas sobre o amor, os dois artistas partilham as experiências pessoais que moldaram a sua música. Savannah e Brandon transmitem sabedoria sobre como navegar pelas provações reais de amor e relacionamentos em nossa era impulsionada pela tecnologia, onde o hiperreal e a simulação muitas vezes superam a conexão genuína.
Vamos começar com o que tem acontecido com vocês dois nos últimos anos.
Brandon Hudson- Savannah e eu temos sido amantes indefesos. Nós caímos em novas situações românticas com muita frequência, desde que tínhamos 16 anos. Mas isso nunca se traduziu em nosso trabalho. Sempre houve essa separação entre nossas vidas e as pessoas com quem namoraríamos – e as histórias que contávamos em nossa música. Nunca foi diretamente tipo, 'Oh, isso aconteceu comigo no meu relacionamento e vou escrever sobre isso'.
Estávamos sempre inventando histórias para músicas e isso sempre era muito divertido. Musicalmente, com Between Friends, temos muita sorte de viver neste mundo que criamos para nós mesmos, onde não há realmente um limite ou uma caixa em que estejamos presos. vamos por todo lado.
Savannah Hudson- De certa forma, isso tem sido uma bênção disfarçada porque com este álbum sentimos que podemos realmente fazer qualquer coisa. “Fizemos uma mixtape, fizemos um EP, fizemos outro EP e são todos drasticamente diferentes, então o que vem a seguir?” Este álbum foi um campo aberto para tocar e foi aí que decidimos começar a escrever sobre o que realmente estava acontecendo em nossas vidas.
BH– Mas também, desde que começamos o Between Friends, ficamos aterrorizados com a ideia de fazer nosso primeiro álbum. Nunca quisemos fazer isso e que fosse incorreto.
SH– Foi um salto terrível. As estrelas se alinharam, nossa escrita se alinhou, e foi naquele momento da nossa primeira sessão que nos entreolhamos e dissemos: “Este é o álbum. Estamos fazendo um álbum.” E então, em cada sessão, diríamos isso um para o outro. Não havia planos de fazer isso até que fizemos “Bruise” e algumas outras músicas.
BH– Sav e eu meio que nos entreolhamos e dissemos: “Espere, sinto que o assunto revelou algo que ainda não fizemos”. No início, nós dois nos sentimos super inseguros, e foi isso que nos fez perceber que esse era o álbum. Porque se fizéssemos algo com o qual nos sentíssemos confortáveis, não sei se teria acabado sendo nosso álbum. Durante todo esse processo, nós dois nos sentimos suspensos em águas profundas, incapazes de tocar o fundo e ir em frente.
Sinto que as melhores coisas emergem desse sentimento de incerteza. Quais foram algumas das experiências que surgiram durante a criação do álbum?
SH–Filmamos praticamente todo o processo de produção do álbum no laptop do nosso co-produtor Luca.
BH– Temos cerca de 16 horas de filmagem. Outro dia ela veio e nós paramos um momento para reconhecer e olhar a filmagem e continuamos olhando um para o outro e pensando: “Eu desmaiei quando fizemos isso”. Foi como se pegássemos tudo dentro de nós e colocássemos na mesa. Quando começamos a fazer o álbum em julho passado, eu estava saindo de uma situação bastante tóxica.
SH– Foi ruim. Seus sentimentos se tornaram o ponto focal, e eu estava lá para ajudar a expressá-los, dizendo: “Vamos pegar todos esses sentimentos e anotá-los”.